The Sadgirl



Nome: The Sadgirl

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Frase: "Na minha alma
morreram muitos tigres
os que ficaram, no entanto,
são livres"
(lau siqueira)

Idade: 22

Signos: Libra, Cão, Moeda, Maat, Corvo, Theurge/Ahroum

Habito em: Mauá

Religião: tenho me interessado por stregheria, mas tá difícil

Cor: Preto, Vinho

Uma qualidade:

Um defeito: lenta

Bebida: Mojito, rum, cerveja Sol, Smirnof Ice, chá lipton de pêssego

Eu adoro: Unicórnios, hello kity, sinos de vento, meus amigos,jujuba de ursinho, o bisonho, mochila, arte, firefox, icq, minha track ball (que parece o HAL), chiclete, balas paulistinha, strogonoff, comida chinesa, gatos, bichos de pelúcia, rpg, sci fi, fantasia, mangá, anime, hq, cartoon, poesia, livros, anos 80, borboletas, magia, lendas, tradições, culto dos antepassados, bruxaria, feitiços do dia a dia, a lua, o sol, as estrelas e a chuva, corvos.

Não suporto: ficar sem entender, bullying, tela azul da morte, esmalte rosa, tradução tosca, zona no cinema, número de cpf, caneta que não escreve, ficar sem estilete, judiar de livro, rato que acha que é cachorro, pombas, cylons, baratas, falta de opinião própria, fanatismo, ferengis.

Personagens: Lord Canterville, Túrin Turambar, Beren, Eowin, Profº Snape, Baghera, Kaa, Jean Luc Picard, Worf, Lando Calrissian, Han Solo, Jack Sparrow, Jean Laffite, Doc Hollyday, Ethiénne Navarre, Logan, Pony Boy, Katchu, Francine, Lord Morpheus, Morte, Patolino, Coiote e mais.

Ragabash



Nome: Ragabash

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Frase: "Quando a vida lhe der as costas, passe a mão na bunda dela"

Idade: 25

Signos: Escorpião, Osíris, Adaga, Serpente, ragabash

=Habito em: Mauá, mas meu coração e alma residem em Santo André (muito bem escondidos)

Religião: ateu a toa

Cor: Azul

Uma qualidade: carinhoso

Um defeito: preguiçoso

Bebida: Martini Fierro, vinho, cerveja romulana, e qualquer bebida doce e de preferência com teor alcoolico menor que 20°

Eu adoro: rpg, lasanha, gatos, salada, icq, firefox, meus amigos, santo andré, heavy metal, star trek, space ópera e ficção científica em geral, organização, mangá, HQ, anime, cartoon, cinema, boné, jaqueta, video game, boteco limpo, mustang 68 gt 500, jet ski, cards colecionáveis, dragões, peitões, mármore, minas que usam óculos, internet de banda larga, chá de hortelã, groselha, amendoim torrado e salgado, chá mate, meu vizinho Totoro, F14, glock, coizinhas fofinhas macias e piludjas,minas de pele branca,chiclete,mamilos rosa, dip'n'lick, comédia, bala de goma, aves de rapina.

Não suporto: esportes, cebola, cachorros pequenos, ovo, msn, caps lock, arrogância, mauá, paga pau, cardíacos, desordem, calor, posers, cigarro, radicalismo, ignorância, camiseta regata, sunga, roupa apertada, sapato, boteco sujo, falar e não ser ouvido, promessas não cumpridas, assuntos mal resolvidos, novelas, programas de auditório, praia, ferengis, jedis, siths, cylons.

Personagens: Alm. James Tiberius Kirk, Cap. Ethiénne Navarre, Cap. Hal Jordan, Cap. Jack Sparrow, Cap. Gloval, Cap. Alma Negra, Cap. Duck Dodgers, Cel. Bradock, Com. James Bond, Com. Willian T. Riker, Ten. Cel. John Logan, Ten. Cel. All Simonns, Ten. Helen Ripley, Sarg. Frank Castle, Sarg. John Tiberius Rambo, Sarg. Denton Van Zan, Sarg. Toddy

André



Nome: André

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Frase: "nenenenene dédéde mãmãmã papapapai”


Idade: 1 ano e 7 meses

Signos: Gêmeos, Cão, Candeias, Tot, Cervo, Ahroum

Habito em: Mauá

Religião: ainda não me preocupo com isso

Cor: todas as fortes, principamente vermelho

Uma qualidade: todos me amam

Um defeito: manhoso

Bebida: LEITE (da minha mãe, é claro), suco kapo

Eu adoro: meu pai, minha mãe, algodão, lã, meus brinquedos, leite, comer, dar gritinhos, morder, babar, dar muita risada, cantar, meu palhacinho, meu ônibus vermelho, correr, pular, fazer caretas, Blind Guardian.

Não suporto: ficar com fome, ou sozinho, que não me deixem o tempo todo quentinho, confortável e saciado, ter que esperar por qualquer coisa. Os dentes nascendo que doem e incomodam.quererem que eu durma no melhor da bagunça.

Personagens: Totoro, Pingu, Timothy (do Timothy vai a escola), gosto um pouco do Pequeno Urso.

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quarta-feira, 30 de junho de 2004

1:14 AM

Pérola do meu pai esta semana:

"
Marx é o único Deus,
e Lênin é seu profeta."



digna de chico xavier....rs


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domingo, 27 de junho de 2004

6:11 PM

Feliz aniversário Eryn, meu amor.

Ontem foi bem legal.

A maior parte das crianças que nascem no mundo não sobrevivem ao seu primeiro ano. Quando uma criança faz um ano, é necessário que haja uma festa. Por menor que seja. É um sinal de que essa criança sobreviveu, e agora é um membro de sua comunidade. É uma sobrevivente, é um dos fortes, é um de nós.

Não é mais uma coisinha, um bebê. Não.

A partir de hoje, ela é Eryn. Ela é a jovem donzela dentro do círculo de meus olhos. Ela é uma mulher em formação, ela é alguém que está crecendo e que hoje já demonstra seu valor.

Ela sobreviveu ao seu primeiro ano. Tudo o mais, é consequência.


Pela honra da Senhora.

Com a força que nos trás, a chama que ilumina nossas vidas, minha pequena...


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quarta-feira, 23 de junho de 2004

1:21 AM

Eu estou realmente comovida com o nível dos coments no meu post anterior, aliás...

Mas não vim falar sobre isso.

Chegou o inverno. A doll que vou por aqui ainda não ficou pronta. Mas acima de tudo, as mudanças estão dentro de nós.

O inverno vai ser uma coisa boa.

Comecei a escrever umas histórias em quadrinho. Nada muito profundo. Na verdade, é debil mental e politicamente incorreto. Portanto, meio caminho para o sucesso...rs

Vou ver se coloco as tirinhas on line. São imbecis. Muito imbecis. Estou até fazendo arte final nelas, porque estou realmente empolgada... adoro tirinhas imbecis.


E comecei hoje a escrever um livro... maiores detalhes vem com o tempo... mas é místico e tem um público alvo que é imenso e que não tem muita opção de livros do assunto.

Produzir sempre é bom...

E como o inverno chegou, só para relembrar: a hora mais escura é a que antecede o amanhecer.

A escuridão se afasta, a claridade retorna; Bem vindo o Sol, filho da Senhora, criança da promessa, sinal de vida quando tudo é morte. Que a semente durma no solo. Logo chegará o despertar.


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domingo, 20 de junho de 2004

11:40 PM

Deu para perceber que eu mudei o template...rs

Ainda não está perfeito, mas está melhor que o outro quando eu coloquei... e a imagem é legal. Não vou deixar ele tanto tempo assim, mas blz.



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sexta-feira, 18 de junho de 2004

12:21 AM

mas não diga isso, não me dê atenção, e obrigado por pensar em mim

Negada, valeu mesmo os comentários sobre a coisa escrita numa tarde ruim. Mas assim... desencanem. É o que eu disse: foi só uma coisa escrita em uma tarde ruim. Eu vivo em função das pessoas mesmo sabendo que elas vão embora... vocês três já passaram por maus bocados por fazerem o mesmo, mas sabe, eu gosto de viver assim. As pessoas vão embora, mas os momentos que se passou com ela não. Vivi em função do meu amor por um bocado de pessoas diferentes. São meus amigos que me impediram muitas vezes de fazer merdas imensas.

Sabe, eu sou depressiva. Isso é um fato, faz parte de mim, e não é uma escolha pessoal. Mas é justamente por não ser uma escolha minha que não me paralisa em tudo. Quero dizer, ela tem altos e baixos. E existem pessoas que merecem uma camiseta escrito "Lithium". Vocês três são maravilhosos. Me felicita que vocês me amem e se preocupem comigo. Mas sabe, desencanem.

Eu sou libriana. E bom, acho que em algum momento da minha vida, eu fiz uma escolha inconsciente: morrer vivendo por mim mesma, ou viver vivendo pelos outros. Eu sou fraca e gosto de saber que posso me apoiar em alguém. E apesar dos tombos... quando o Lê (o da FATEA, bem entendido) arrancou minhas pernas (quebrar as pernas é pouco) eu já não tinha mais 14 anos de idade. Eu sabia que as pessoas só machucam a gente por que a gente deixa elas nos machucarem. Se ele me fez algum mal, foi porque eu dei esse poder para ele. Mas quer saber? Os três dias que tive com ele valeram mais do que sei lá, todo o tempo do namoro do marte com a vanessa, pq nós fomos muito mais intensos. E eu não morri. Eu não quiz morrer. Eu estava mal com outras coisas, mas, acima de tudo, o amor cura como o sol depois da chuva. Eu aprendi muitas coisas boas... não podemos esquecer para quem o pivete ia pedir ajuda quando queria saber como agir comigo (sim, era pro amigo do irmão dele). E sabe o que aconteceu? Eu descobri que eu era poderosa, no final. Porque o tempo todo, eu acabei sendo aquela que vai estar na memória, e que vida após vida ele vai continuar lembrando.

O que me deu um prazer sádico um dia, assumo. Mas o que eu quiz dizer com isso? Meu, desencanem. Se eu sobrevivi ao Well e ao Lê, se eu sobrevivi a todos os relacionamentos destrutivos e a todas as experimentações narcóticas que eles incluiam, porque eu não sobreviveria há alguma coisa que me faz bem?

eu agradeço a preocupação. Amo vocês... mas não se preocupem em supervalorizar minhas crises depressivas... elas passam.


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12:19 AM

uma coisa escrita em uma noite boa

Se a pergunta fosse se estou melhor do que na tarde de terça feira, a resposta seria sim.Me sinto aquecida, como se alguma coisa estivesse mais viva aqui dentro. 16 de junho.

Duas coisas importantes. A primeira, o aniversário do AND. Não consegui ainda dar os parabéns para ele, mas até domingo eu consigo. Meu primo e meu irmão. Alguém que é assustadoramente humano e que é a coisa que eu tenho mais perto de uma família convencional. Ele e eu... bom, little twin stars... ele é meu gêmeo univitelino. Ele é menino lindo que sonha junto um mundo diferente desse.

A segunda, três meses junto com o Raga. Que eu já estava viajando, tinha certeza que quinta feira era dia 16, não quarta. Ele veio para cá de manhã. Embora só tenha conseguido me acordar para eu abrir a porta quando era onze e meia. Imperdoável, era uma hora e meia que eu dormi. Mas tudo bem, o importante era que ele estava aqui. Que nós pudemos ficar juntos, e assistimos cowboy bebop, debaixo do cobertor e comendo pipoca, e que nós tomamos chá de madrugada, e que falamos bobagens e trocamos mordidas e preocupações. E sabe, quando eu acordei do sonho bizarro que eu tive (e que está descrito no Buscas), eu não precisei abrir os olhos para saber que a pele que aquecia meu corpo era a dele, que o braço que me envolvia no sono era o dele, que a respiração que envolvia meu sono era a dele.

Eu ainda me sinto aquecida como se estivesse sendo abraçada, agora.

Existem coisas pela qual valem a pena viver. Essa sensação de estar aquecida, por exemplo.


Talvez nunca consiga se juntar mil gatos. Mas ao menos nós três conseguimos sonhar...



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12:17 AM

Dos Preconceitos


Falem o que falar, a prefeitura dá um acesso a cursos aos professores que é exemplar. Estou fazendo um curso sobre Gênero e Etnia, e a profªa de hoje, Eliane, passou um vídeo para a gente que todo mundo devia conhecer. Chama-se “Olhos Azuis”. È uma experiência didática que uma mina nos EUA faz. Que inclue pegar um grupo de brancos de olhos azuis e coloca-los por duas horas e meia na pele de uma criança negra na escola. É assustador, falar sobre preconceito. Mas esta foi a semana da Parada, e acho que seria propício.

É engraçado como o preconceito mexe profundamente com a gente. Fui vítima de bullying na escola, e embora minha dor não possa ser comparável com a de muitos colegas da época (me lembro do Robison falando sobre as coisas que passou na escola por ser filho de surdos. Sim, ele era discriminado porque os pais dele são surdos, mesmo ele sendo normal. Absurdo? Não nas escolas.), eu me lembro do quanto sofri, e as vezes consigo perceber as marcas que aquilo deixou em mim. O medo de ser julgada. A sensação de ser feia e desajeitada. O me sentir menos importante. O ter certeza de que sou lenta e burra. Não ter coragem de falar com as pessoas. Me encolher e ter vontade de chorar quando escuto uma risada no ambiente e não consigo identificar o motivo.

Aliás, antes que eu me esqueça. Bullying (traduzível toscamente como tiranizar, mas o uso para o termo não tem equivalente em português), é o ato de xingar, humilhar, espancar, roubar, ameaçar, coagir, simplesmente porque o outro é diferente de você. É uma coisa típica da escola. Normalmente, a não ser nos casos mais graves, o agressor não tem intenção de ferir, ou não tem noção do que ele causa no agredido. Para ele, aquilo é “só uma brincadeira”, e “se ele não ligasse tanto, nós pararíamos”.

Isso vai desde apelidos e piadinhas, musiquinhas, pegar uma borracha ou lanche, rir dos erros da pessoa, até agressão física. Existem níveis. Mas todos causam dor, desconforto, medo, em alguém que não sabe como se defender, e o que é pior: acaba começando a acreditar que o agressor está certo e ele é o culpado.

Não estamos falando de um adulto. Uma coisa sou eu, The Sadgirl, 21 anos de idade nas costas, ser chamada de baixinha pelos meus amigos (embora me incomode quando ficam falando disso sem parar. Mas eu posso simplesmente dizer “chega. Cansou, vocês estão me machucando.” E eles param.) Outra coisa é você rir de uma criança de oito anos porque ela é incapaz de fazer contas de divisão, e a professora faz questão de falar isso alto para todos saberem. É fazer alguém passar a adolescência inteira com os cabelos dolorosamente presos e repuxados, porque tem “cabelo de palha de aço” “cabelo de rato”, “cabelo de preto”. Ou os meninos saírem do banheiro porque o “viado” de onze anos de idade entrou.

Daí para os colegas se sentirem a vontade para partirem para agressões maiores é um passo.

Desde que eu deixei o cabelo crescer, no fim do primário, eu era alvo de pequenas agressões. “Crente do rabo quente”, por exemplo, embora eu nunca tenha sido evangélica (embora eu odiasse evangélicos, pq estavam entre meus agressores), “cabelo de crente”. Se queriam me atingir, puxavam meu cabelo, fingiam que meu cabelo era rédea, puxando minha cabeça para trás, fazendo “ôo”, como se eu fosse bicho. Mas com o passar do tempo eles foram se sentindo a vontade para brincadeiras bem menos saudáveis.

Sétima série. A única coisa em mim que chamava a atenção era meu cabelo, que chegava abaixo da bunda, que as vezes estava no meio das coxas. Em uma ou duas semanas, viraram um vidro cheio de liquid paper nele, pegaram gosto por arrancar mechas dele no puxão, colaram chiclete na altura da nuca tentando me forçar a corta-lo. Deixavam bilhetes me ameaçando dentro do meu estojo. Tentaram cortar meu cabelo a força. Dentro da sala de aula tudo isso. Com os professores lá.

Imaginem o que faziam com a Caroline, que era negra e tinha o cabelo em lindas trancinhas, quase tão grande como o meu. Se eu passei por isso, ela passou bem pior.

Eu era a feia, a desajeitada, a burra, a CDF. Leandro era viado porque jogava bem o vôlei e não curtia futebol. Matias era o Pipoca, o Dente de Milho, o Podre, o Boca Fedida, porque tinha um dente amarelo. Não, a boca dele não fedia a podre, antes que perguntem. Carlos era o Dumbo (chegaram a fazer ele chorar de dor quando um menino se pendurou em cada orelha dele e soltou o peso do corpo). Carol era a “Preta” dito de modo dolorosamente pejorativo.

Quantas vezes eu entrei na sala depois do intervalo e o Leandro estava com a boca sangrando porque os meninos se juntavam e batiam nele?

Porque ele era o melhor jogador de vôlei da escola. Só isso. Porque isso fazia dele “viado, porque vôlei é esporte de viado”

Nossos agressores já não lembram disso. Mas nós lembramos.

Eu me lembro das meninas olharem feio para mim quando eu entrava no banheiro, porque eu era a lésbica, eu ia atacar elas. Lembro dos cochichos no corredor. Lembro dos meninos isolarem Lúcio, porque ele era “bicha”, lembro de hostilizarem ele de toda forma, ele que vi outro dia na rua, tão absolutamente lindo, tão absolutamente mais belo do que aqueles lá jamais vão ser.

Eu me lembro dos dedos apontando para minha amiga no jardim de infância, e dos risos para as tranças cheias de contas coloridas do seu cabelo, deles rindo da cor da pele dela, deles batendo no Japinha (qual era o nome dele? Eu só me lembro que eles o chamavam assim, já faz tanto tempo.) .

Ninguém se suicida na adolescência. Na adolescência, suicídio na verdade é assassinato.

Vítima e agressor é uma linha tênue. Eu devo ter agredido alguém sem perceber, eu me lembro de estar saindo no tapa com o Lúcio (não lembro o motivo, os dois eram cabeça quente, era algo idiota), e como ele era obviamente maior e mais forte e eu estava apanhando, chamei ele de “bicha filha da puta”. Meu, que crueldade nojenta. Mas naquela hora, qualquer coisa valia para vencer dele.

Mas a real é: isso não vai diminuir a dor do agredido. Mesmo que eu saiba que estou com uma vida anos luz melhor do que a da maioria dos meus agressores (terminei a faculdade aos 20, tenho 2 empregos, relação estável com um cara que amo, uma história bonita de relacionamentos com meninos e meninas, conta no banco, um ar blasé de quem viveu mais do que a idade do rosto mostra, coisas que muita gente deles jamais vai ter, coisas socialmente importantes), ainda assim, eu me sinto inferior, lerda, burra, feia. Eu tenho medo, e as pessoas são uma coisa agressiva. “Eles” me machucavam antes, “Eles” ainda podem me machucar, eu não consigo ligar para a pizzaria e pedir umas pizzas com medo de não me fazer entender, quando estou mais depressiva. E eu não sofri metade do que a maioria dos gays e negros sofrem.

A gente se torna mais forte do que eles. Os valentões terminam a vida cedo. Mas a que preço vem essa força? O quanto uma mulher gasta de energia provando que pode ser igual aos homens, quanta energia que podia ser usada para outras coisas. Vivemos todas acuadas, a diferença é que algumas percebem mais, outras menos, algumas sofrem mais pressão, outras menos.

É por isso que eventos como a Parada são to importantes. Porque por um dia, nossos fantasmas podem ser guardados. Nossa vida é mais do que simplesmente aquilo que nossos agressores falaram de nós. Nós podemos ser maiores do que eles, e não precisamos agredir ninguém para isso. A Parada é uma afirmação de que somos mais felizes, mais bonitos, mais fortes do que eles. Que conseguimos nos unir mais do que eles.

Mas a questão do preconceito permanece colada em nós nos outros 364 dias do ano. Assistam “Olhos Azuis”.


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quarta-feira, 16 de junho de 2004

12:25 AM

uma coisa escrita em uma tarde ruim

Sabe aqueles momentos em que a bate a consciência de que a vida é uma merda?

Agora é um momento assim. Eu deveria estar feliz. Domingo teve Parada. Hoje fiz a escolha do meu cargo como professora efetiva para o Estado. Isso me abona o dia. Pude passar a tarde em casa.

E tudo que consegui com essa tarde em casa foi... nada. Baixei meus e-mails. Li umas revistas em quadrinho. Vim para o computador. Desisti do computador, fui para a cama tentar dormir. Obviamente não consegui. Tudo isso consumiu uma hora da minha tarde. E estou de volta ao micro, tentando matar o tempo ou achar um rumo.

Não que eu não tenha trabalho a fazer, não que eu não tenha um monte de trabalho para fazer (porque não adianta, professor sempre acaba levando trabalho para casa). Só que eu simplesmente não consigo. Não consegui fazer o trampo pelo mesmo motivo que não consegui ler revistas, dormir ou mexer no micro.

Mas sabe, isso tudo não me anima. Simplesmente não consigo me mexer.

É uma imensa merda. Como ele disse, não dá para a gente se esconder, porque o mundo explode e a gente vai junto. Mas essa bosta de mundo não nos dá nada em troca. Querem que a gente se contente com o pouco que deixam de migalhas para nós, mas as coisas realmente importantes...nada. A única coisa que me faz desejar estar viva é ele. Quando ele está por perto, consigo não me importar com isso. Talvez seja uma fuga, mas eu acho que isso seria uma visão simplista. É só que eu inteira me ocupo de existir e parece que consigo resvalar no mundo real.

A verdade é: eu não tenho uma vida. Não tenho um motivo para desejar envelhecer, nem sequer tenho um motivo para desejar chegar aos trinta. Odeio o magistério, e cada vez mais me amarro nisso. Aliás, ser professor pode ser ótimo se você nasceu para isso. Para mim, é mais como uma maldição, ou uma prostituição. É algo que odeio e que me aprisiona, mas preciso do dinheiro. Não que eu dê algum valor para dinheiro. Eu odeio dinheiro tanto quanto odeio o magistério, talvez mais.

Mas eu gosto de comprar meus livros, um pincel bonito, uma jóia de prata. Gosto de poder pagar a cerveja de vez em quando. Ou alimentar uns amigos famintos como sempre me alimentaram. Quero uma cama grande. Quero um lugar para chamar de meu. E eu sei que não vou conseguir. Não vou conseguir sair para beber porque trabalho na sexta feira. Não vejo meus amigos porque os horários não batem. Meu salário não é alto o suficiente para comprar os livros que eu quero, e não posso ter um canto meu por falta de maldita grana. E mesmo que seja apenas para ajeitar meu quarto, dependo da boa vontade da minha mãe em começar a reforma deste lugar que querem que eu chame de lar mesmo que eu me sinta uma estrangeira.

Compro o pincel bonito e a jóia de prata, e ai o que acontece? Não sinto ânimo de desenhar ou pintar. Não tenho lugar para ir nem força de me arrumar para sair.

Exceto quando ele está comigo, eu não passo de uma sombra incapaz de reagir. Faço as coisas por instinto ou conformismo, sei lá.

Eu não gosto de ser assim. Não é uma escolha. Eu não gosto de ficar deprimida, eu não gosto de ser triste, eu não gosto dessa lágrima que fica eternamente sem cair, fixa no meu olho, eternamente lacrimejante esse olho.

Eu queria que fosse possível ter uma vida de verdade. Eu gostaria de ser capaz de fazer alguma coisa. Mas eu fico burra quando preciso enfrentar o mundo. Ele é imenso e assustador, e eu não consigo encontrar um lugar nele que eu possa ocupar.

Eu odeio estar viva sem ser capaz de viver. Eu gostaria de saber o que raios estou fazendo aqui.

Não adianta vir aquele papo de "o mundo é assim mesmo". Porque ele só é assim mesmo porque a gente é fraco demais para fazer com que ele seja de outro jeito. Se as pessoas conseguissem desejar outro mundo... mas sabe como é. Não se consegue juntar os mil gatos...

Eu gostaria de não passar a vida com essa sensação de que não vivo no mundo real.


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terça-feira, 15 de junho de 2004

3:17 PM

Eu escrevi uma coisa enorme no word para colocar aqui, sobre a coisa toda do dia dos namorados. Onde eu falava de coisas de antigamente, onde eu falava sobre aquela estranha sensação de saber que está fazendo a única coisa correta, mesmo que um monte de gente dissesse que estava errado. Sobre como me sinto. Sobre o que tudo isso significa oara mim. Ai encontrei isso em um e-mail da lista de discussão sobre xamanismo. Ele diz em bem poucas palavras aquilo que eu dizia em um texto imenso. É uma cena do Matrix Revolutions, quem assistiu vai lembrar...


Rama - Nunca ouviu um programa falar de amor ?

Neo - É uma emoção humana.

Rama - Não, é uma palavra. O que importa é a conexão que a palavra carrega.

Vejo que você está amando.

Pode me dizer o que você daria para manter essa conexão ?



Neo - Qualquer coisa.


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domingo, 13 de junho de 2004

12:06 AM

O template está com pau porque a página onde eu pego o template está com problemas. Mas ao menos consegui mudar a cor das letras para ser possível ler enquanto não ajeito isso.


Hoje é doze de junho. Eu não tive muitos dias dos namorados junto com alguém. E hoje foi um dia muito gostoso. Sai com o Raga, o du e o hellder, para a gente fazer aquilo que eles chamam de "tour nerd" (eu não concordo com o nome). Começamos no Rei do Mate, logo em seguida começamos as lojas: USS, depois a galeria do rock, a Comics, uma chuva desgranhenta que molhou até nossa alma, e fomos, debaixo dessa dita chuva para a Liberdade. Lá fizemos o caminho básico,Sogo, o outro shopping, aquela galeria perto e finalizamos naquele mercado legal, onde compramos um lanchinho básico (um monte de hossomaki e um monte de bolacha sembei e muppy, claro).

Ponto firme: as bolachas sembei com carinhas de ursinhos. E eu peguei uma com um ratinho, tbm.

Ai a gente subiu o metrô para a Paulista. Fomos na Always, e depois, na longa busca pelo sorvete, acabamos indo até a Comix.

Acabei fazendo umas comprinhas: um pin bonito de Star Trek, adesivos do Hantaro, uma tonelada de cards,bottons para mim, e para os meninos, presentinho para a eddie, e deve ter mais alguma coisa que eu não lembro de cabeça.

Agora, o Well e a Carol chegaram aqui e o du e o hellder e o raga estão espalhados pela casa conversando. Quando eu penso, me sinto abençoada.

A única coisa é que eu pretendia escrever umas coisas que vai ser impossível escrever com a discussãp ferrenha sobre traduções que esta rolando aqui... depois eu volto para escrever mais.


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quarta-feira, 9 de junho de 2004

1:05 AM

Errrm... pois é. Eu tive um pequeno probleminha, e o post com as imagens do Internacional ainda não aconteceu. Mas ele chega, atrasado, mas chega.

E ai eu tenho fé e esperança de que o povo me mande as observações sobre o inter, porque do meu cantinho no stand da devir, eu não vi muito...

Enquanto isso, vão no blog da Hel, pq ela fez um super relatório completo...

E indo por outros assuntos, quinta feira é feriado. E sábado é dia dos namorados (olha que cute, vou poder dar o dobro de presentes do que dei nos últimos anos... =^_^= e um dos presentes pode ser para um homem... eu só fiz isso uma vez na vida, não é engraçado?)

E domingo... TEM PARADA GAY! e eu já tou virando purpurina desde já... precisamos juntar todo mundo que vai, para ser ainda mais divertido. Com coberura completa, óbvious, igual ano passado: descrição carro a carro, e tudo de bom que eu enxergar, eu fotografo e dou detalhes... inclusive aquele cara vestido de cobra,rs... vamos ver com qual famoso a sessão babado do blog consegue fotografia tbm (ano passado foi o Max Fivelinha).

E como é perceptível (eu espero)yes,nós temos acentos. Graças ao Moon Song (que precisa aliás receber o presentinho de agradecimento adquirido pra ele...)


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sábado, 5 de junho de 2004

6:45 PM

çãõêéèúùíì


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