The Sadgirl
Ragabash
André
terça-feira, 26 de outubro de 2004
11:28 AMUm esporro que eu gostaria não fosse necessário
Como eu sei que a língua das pessoas, mesmo sem intenção, é língua de serpente, e tem gente demais sabendo, o que eu acho uma puta sacanagem porque eu queria contar, porque é meu direito e me foi roubado, eu quero deixar umas coisas bem claras.
Em primeiro lugar, é uma boa notícia. As duas únicas pessoas a quem diz respeito essa história (eu e o raga) nos consideramos felizes e bem. Faz um bom tempo que estamos acertando de morar juntos oficialmente. Então não me venham com papo besta do tipo “e agora o que eles vão fazer”, “oh, eles estão ferrando as próprias vidas”, “eles vão perder a juventude” ou qualquer merda dessas que tem neguinho que adora falar. É algo bom e abençoado e não algo que veio atrapalhar.
Se alguém tiver qualquer coisa para dizer, é para mim, e somente a mim, que tem que falar. Minha vida é assunto meu, e qualquer um que seja minimamente meu amigo nõ vai ficar fazendo fofoca ou falando de mim. O que tiver de ser dito deve ser dito para mim. Aliás, seria de bom tom que se dignassem a me dizer quem está sabendo. Porque eu não faço idéia.
Agora, pensa por um segundo. Será que não seria no mínimo justo que fosse eu a contar para as pessoas que me acompanham em tudo na vida desde sempre? As pessoas que tem uma vida de convivência comigo? Caralho, pega até mal. Meus melhores amigos não ficaram sabendo por mim, mas por deus sabe quem. Eu não tive o prazer de contar para o Marcelo, me dá vontade de chorar só de pensar nisso. Eu me sinto envergonhada de não ter contado para ele, que é um cara em quem eu sempre confiei e que sempre me contou as coisas dele.
Amizades são baseadas em pactos de confiança. Em nenhum momento eu disse “contem para todo mundo, espalhem a notícia!”. E se são incapazes de cair a ficha de porque isso me deixa tão brava, pensem por um segundo no risco enorme que o primeiro trimestre significa de perder naturalmente. E como eu enlouqueceria de dor. Agora, será que esse bando de insensíveis é capaz de imaginar por um segundo todas essas pessoas falando disso para mim, e fazendo perguntas e eu tendo que responder “não, ele morreu.”. Dá para perceber o que podiam ter feito comigo? O que podem fazer comigo, afinal, eu não sai ainda do período de maior risco de acontecer alguma coisa? Mas as pessoas não pensam nisso, nem mesmo aquelas que por muitos motivos deveriam pensar.
Em outro ponto, se for tão difícil para algumas pessoas entenderem, eu tenho um emprego concursado, terminei a faculdade, tomei todas as minhas vacinas, e se isso fosse a três anos atrás, ainda assim eu estaria fora das estatísticas. Sou uma mulher adulta, no aspecto legal e no aspecto psicológico. Fiz terapia por uma dúzia de motivos. Mas pode perguntar para minha terapeuta, sou muito bem resolvida como mulher. Tenho uma casa minha, com entrada independente da casa dos meus pais e tudo, e acredito que lá por fevereiro ela vai estar pronta. Não somos duas crianças que não sabem o que estão fazendo.
Eu vou parar de escrever não porque eu não tenha mais quinze motivos para dar esporro nesse pessoal que eu amo mas que pisou feio na bola comigo. E eu não digo um ou dois, mas no geral mesmo; eu não esperava que minha amizade fosse assunto para ficar discutindo entre cervejas na mesa de bar, fofocando igual Maria lavadeira, porque eu não falo com desrespeito da vida de ninguém. O que tenho para dizer falo para a pessoa, falo para que a pessoa saiba que fui eu que falei caso não consiga falar diretamente. Mas o post está muito longo e vai ficar ruim para ler.
É favor transmitir este recado àqueles que estão sem Internet. Ressaltando bem que qualquer palavra a ser dita que seja para mim. Não para o jornal ou a torcida do flamengo, como está sendo feito.
sábado, 23 de outubro de 2004
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